Depois de reestruturar o espaço da plataforma, que garantiu a expansão da oferta para o setor, a Magazine Luiza agora investe na própria marca de moda, chamada Vista Magalu.

Com uma proposta de modelagem básica e colorida, o Veste Magalu segue a linha da Hering
“Este lançamento está alinhado com o propósito do negócio nos últimos cinco anos, de se transformar para aumentar a digitalização no varejo brasileiro”, afirmou Silvia Machado, diretora de moda e beleza na empresa.
O valor médio de entrada na nova marca é de R$ 20 e pode chegar a R$ 299 por peça, mesma faixa em que opera o fast fashion nacional. “O preço acompanhará nossa visão de proporcionar moda acessível.”
Lojistas do varejo de moda cresceu 150%
Com uma proposta de modelagem básica e colorida, o Veste Magalu segue a linha da Hering.
Mas não é como se a empresa partisse para uma briga de titãs no setor. Pelo contrário. Tanto a tradicional marca adquirida no começo do ano pelo grupo Soma quanto a Marisa – que poderiam ser suas rivais – vendem no marketplace do Magazine Luiza.
O que está por trás do lançamento do hub é a consolidação de um ecossistema para atrair tráfego e, consequentemente, consumo para a plataforma.
Em um ano, o número de lojistas do varejo de moda cresceu 150%, para os hoje 20 mil vendedores no shopping virtual. “Muitas dessas marcas estão focadas em segmentos de que sentíamos falta, como o de tamanhos plussize.”
O Vista Magalu entra em jogo para reforçar o portfólio on-line, com peças sem gênero, do PP ao G4, renovadas mensalmente.
Ainda dependente das operações físicas
O Magazine Luiza enxergou a oportunidade durante a pandemia. O setor faturou R$ 152 bilhões em 2020, segundo o IPC Maps. Muito aquém do patamar de R$ 230 bilhões em receita dos anos pré-pandemia, mas hoje já de volta aos trilhos rumo à recuperação.
Respondendo por 30% dos varejistas no País, o segmento ainda é muito dependente das operações físicas, por isso o fechamento do comércio nesse período foi um golpe duro para as vendas.
Além disso, o setor ainda não atua de forma equilibrada com os novos tempos de comércio eletrônico.
Silvia Machado conta que, entre as 1,5 milhão de empresas no segmento, apenas 80 mil (5%) são digitalizadas, embora 15% das transações do mercado de vestuário já sejam feitas em plataformas digitais.
Maior Marketplace
A própria companhia, que é o maior marketplace no Brasil hoje, com 33 milhões de clientes ativos, viu a demanda da operação se inverter nos últimos dois anos, com o digital crescendo 139% em participação na receita. No segundo trimestre deste ano, as plataformas do Magalu foram responsáveis por 72% das vendas, enquanto a fatia do on-line no mesmo período de 2019 era de 41% sobre o total.
O salto foi de R$ 7,5 bilhões, que corresponde à diferença entre os valores movimentados nos dois períodos. “Por isso, buscamos apoiar a digitalização dos pequenos lojistas e alavancar a performance dos maiores”, afirmou a líder da área.
Com informação do Istoé Dinheiro
|