Golpe: STF julga nesta semana núcleo acusado de espalhar desinformação

 
Golpe: STF julga nesta semana núcleo acusado de espalhar desinformação

06/05/2025



Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta terça-feira (6) mais um trecho da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma trama golpista existente durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.

 

Desta vez, os cinco ministros que compõem a Primeira Turma do Supremo – Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux – julgam se recebem a parte da denúncia relativa a sete acusados do núcleo 4 do golpe.

 

Conforme o fatiamento da denúncia feito pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, os integrantes do núcleo 4 foram responsáveis por ações estratégicas de desinformação, com o objetivo de desacreditar as urnas eletrônicas e o processo eleitoral, bem como constranger membros das Forças Armadas a aderirem ao complô golpista.

 

Uma das suspeitas é de que a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Palácio do Planalto tenham sido utilizadas para avançar nos objetivos golpistas de gerar instabilidade social e intimidar quem se colocasse como contrário ao plano.

 

Todos respondem por cinco crimes:

 

  • organização criminosa armada,

 

  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,

 

  • golpe de Estado,

 

  • dano qualificado pela violência,

 

  • grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

 

Fazem parte deste núcleo os seguintes investigados:

 

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército),

 

  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva),

 

  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente),

 

  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel),

 

  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel),

 

  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal),

 

  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do presidente do Instituto Voto Legal)

 

Pelo regimento interno do Supremo, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, faz parte da Primeira Turma, a acusação é julgada por este colegiado.

 

Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF, na qual as defesas poderão ter acesso mais amplo ao material utilizado pela acusação e pedir a produção de novas provas, bem como apontar testemunhas.

 

Em 25 março, a Primeira Turma aceitou por unanimidade o trecho da denúncia relativo ao núcleo 1, tornando réus oito denunciados apontados como responsáveis por encabeçar a trama, incluindo Bolsonaro e generais da reserva do Exército que foram integrantes do alto escalão de seu governo.

 

Em 22 de abril, o colegiado, também por unanimidade, aceitou a parte da denúncia contra seis envolvidos do núcleo 2, que reúne os acusados de terem prestado o assessoramento jurídico e intelectual para o golpe.

 

O fatiamento da denúncia em seis núcleos foi autorizado pelos ministros da Primeira Turma. O procurador-geral, Paulo Gonet, justificou o procedimento como um meio de facilitar a tramitação do caso sobre o golpe, que tem como alvo, ao todo, 34 pessoas.

 

 

*Fonte: Agência Brasil

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